Return to play: Rennan Sacchi fala sobre processo e desafios da fisioterapia com aceleração da tecnologia
![Especialista em reabilitação no futebol comenta sobre trabalho](https://imagens.ne10.uol.com.br/veiculos/_midias/jpg/2025/02/06/597x330/1_img_20250206_wa0025-33704440.jpg)
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A recuperação rápida e segura de atletas lesionados é um dos maiores desafios da fisioterapia esportiva no futebol moderno. Com a evolução dos métodos de tratamento, a abordagem do Return to Play (RTP) tem sido cada vez mais estudada e aprimorada para garantir que os jogadores retornem às atividades com o máximo desempenho e o menor risco de recaídas.
Esse processo não envolve apenas o tratamento da lesão, mas uma reabilitação completa que permite ao atleta retomar suas atividades com segurança e em plena forma física.
Um dos maiores especialistas nesse tema no Brasil é Rennan Sacchi, fisioterapeuta referência na aplicação da Eletrolise Percutânea Intratissular (EPI). Com vasta experiência no acompanhamento de atletas de alto rendimento, Rennan tem se destacado pela utilização dessa técnica inovadora, que acelera a recuperação e reduz significativamente o tempo de afastamento dos jogadores.
Nesta entrevista, ele explica a evolução do Return to Play, a importância da tecnologia na fisioterapia esportiva e os impactos da EPI na reabilitação dos atletas profissionais.
– A fisioterapia esportiva evoluiu significativamente nos últimos anos, permitindo que os atletas tenham uma recuperação muito mais rápida e segura. Hoje, conseguimos reduzir consideravelmente o tempo de reabilitação, permitindo que um jogador que antes ficaria afastado por 20 a 25 dias, possa retornar em apenas 7 a 10 dias. Isso representa um ganho imenso, não apenas para a equipe, mas também para a manutenção do condicionamento físico do atleta – explica Rennan Sacchi.
Ele destaca que um dos principais diferenciais nesse processo é a Eletrolise Percutânea Intratissular (EPI), uma técnica avançada que tem revolucionado a reabilitação esportiva.
– A EPI consiste em um procedimento minimamente invasivo, guiado por ultrassom, no qual utilizamos uma agulha para gerar uma microestimulação elétrica diretamente no tecido lesionado. Esse processo acelera a regeneração muscular e tendínea, reagrupando as fibras mais rapidamente e permitindo um retorno mais seguro e eficiente às atividades esportivas – afirma.
Para Rennan, um dos grandes desafios do Return to Play é equilibrar a necessidade de um retorno rápido com a garantia de que o atleta não sofrerá uma nova lesão.
– Nosso maior desafio é encontrar esse equilíbrio. Em competições de curta duração, onde o calendário é apertado, precisamos acelerar os processos de reabilitação sem comprometer a integridade física do atleta. A aplicação de protocolos modernos e o uso da tecnologia são fundamentais para garantir que o RTP ocorra de forma segura, minimizando riscos de recidivas e potencializando o desempenho do jogador ao voltar aos gramados – ressalta.
Com o avanço da fisioterapia esportiva e a incorporação de técnicas inovadoras como a EPI, os clubes podem contar com processos cada vez mais eficazes para garantir que seus jogadores retornem aos gramados em plena forma. A gestão adequada do Return to Play não apenas protege a saúde do atleta, mas também contribui para o sucesso da equipe e a longevidade da carreira dos jogadores.