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A jornada de Papa Francisco no mundo do automobilismo

Publicado em 22/04/2025 às 17:06
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Do capacete de Ayrton Senna à bênção de um carro da Fórmula E, o pontífice argentino cultivou laços marcantes com o mundo das corridas. O mundo se despede de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos. Conhecido por sua simplicidade e empatia, o pontífice argentino também deixou sua marca no universo esportivo, especialmente no automobilismo, com gestos simbólicos que aproximaram a fé da velocidade.

Homenagem a Ayrton Senna

Em 2019, por ocasião dos 25 anos da morte de Ayrton Senna, o Papa Francisco recebeu no Vaticano uma escultura de bronze do tricampeão de Fórmula 1, confeccionada pela artista plástica Paula Senna Lalli, sobrinha do piloto. Além da obra intitulada “Meu Ayrton”, o pontífice foi presenteado com uma réplica do capacete usado por Senna, entregue por Bianca Senna, também sobrinha do ídolo brasileiro. A homenagem ressaltou o legado de Senna e sua conexão com valores como determinação e solidariedade.

Bênção à Fórmula E

Demonstrando preocupação com questões ambientais, o Papa Francisco abençoou, em abril de 2018, um carro elétrico da Fórmula E no Vaticano. A cerimônia ocorreu em frente à Casa Santa Marta, residência do pontífice, e contou com a presença de cerca de 50 pessoas, incluindo pilotos e membros de equipes. Entre os presentes estavam os brasileiros Lucas Di Grassi e Nelsinho Piquet. A bênção antecedeu a primeira corrida urbana da Fórmula E em Roma, destacando o apoio do Papa a iniciativas sustentáveis no esporte.

O Papamóvel e a inovação sobre rodas

Durante seu papado, Francisco também inovou quando o assunto foi mobilidade. Diferente de seus antecessores, que usavam veículos blindados e imponentes, o Papa argentino optou por versões mais simples — como um Fiat 500L, um Renault 4 de 1984 e até um Hyundai Tucson durante viagens internacionais.

Mas o que chamou mesmo a atenção do mundo automobilístico foi o apoio de Francisco a veículos sustentáveis. Em 2017, o Vaticano recebeu um Papamóvel elétrico, baseado em um Opel Ampera-e, numa iniciativa que reforçava sua defesa pelo meio ambiente e pela redução da emissão de poluentes.

Um legado de aproximação

Embora sua paixão declarada fosse o futebol, especialmente o San Lorenzo, clube argentino do qual era torcedor, o Papa Francisco mostrou, em diversas ocasiões, interesse e respeito pelo automobilismo. Seus gestos simbólicos reforçaram a ideia de que o esporte pode ser uma ferramenta de união, inspiração e promoção de valores positivos.

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