Tênis de mesa em ascensão: Calderano destaca estrutura e investimento no esporte 

Publicado em 02/05/2025 às 17:53
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O tênis de mesa brasileiro vive um momento histórico. A conquista inédita de Hugo Calderano na Copa do Mundo da modalidade, onde o carioca se tornou  o primeiro atleta fora da Ásia e da Europa a vencer a competição, jogou luz sobre um esporte que há anos vem sendo construído com planejamento, apoio financeiro e investimento em estrutura e base. 

O resultado expressivo não surgiu do acaso. Calderano, atual número do 3 do ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), é fruto de um sistema de apoio que envolve desde programas federais, como a Bolsa Atleta, até investimentos estratégicos realizados por entidades como o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Juntos, eles movimentam milhões de reais em prol da evolução da modalidade. 

Segundo dados do COB, somente entre 2022 e 2024, o tênis de mesa recebeu R$16,7 milhões por meio da Lei das Loterias, que destina parte da arrecadação das apostas para o esporte olímpico. Para 2025, o valor previsto é de R$7 milhões. Já o CBC investiu, apenas entre o ciclo de Paris e o início do novo ciclo olímpico, quase R$2 milhões em recursos humanos e equipamentos voltados exclusivamente para o tênis de mesa, além de custear passagens aéreas para competições nacionais. 

“O CBC trabalha com três frentes de apoio: competições, recursos humanos e materiais. Isso tem gerado reflexos positivos nos resultados do atletismo braisleiro ao redor do mundo mundo”, explica Paulo Maciel, presidente do CBC. 

Calderano, que começou sua trajetória no Fluminense entre os 8 e 14 anos, beneficiou-se desse ecossistemas desde a base. Hoje, integra a elite mundial e também é contemplado com a Bolsa Atleta na categoria mais alta, a de Atleta Pódio. De 2023 a 2024, o programa federal investiu mais de R$8 milhões apenas em mesatenistas olímpicos e paralímpicos. 

Bruna Takahashi também fez história ao alcançar as quartas de finais da Copa do Mundo, subindo para a 16º posição do ranking. Outros nomes como Vitor Ishiy (46º), Leonardo Iizuka (77º), Eric Jouti (91º) e Giulia Takahashi (80º) mostram que o Brasil tem uma geração forte e em crescimento. 

A conquista de Calderano pode ser o ponto de virada definitivo para o tênis de mesa brasileiro. Um esporte que, com apoio e planejamento, começa a colher os frutos de anos de trabalho silencioso e consistente.

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