Otmar Szafnauer planeja retorno à F1 com nova escuderia e acredita em espaço para 12ª equipe no grid

Ex-chefe da Alpine quer liderar projeto próprio e se prepara para o próximo processo de seleção da FIA

Otmar Szafnauer, ex-chefe de equipe da Alpine, está se preparando para um possível retorno à Fórmula 1 — desta vez, à frente de sua própria escuderia. A revelação foi feita durante o fim de semana do GP de Miami, marcando sua primeira aparição pública no paddock desde sua saída da equipe francesa, após o GP da Bélgica de 2023.

Szafnauer afirmou estar trabalhando ativamente no desenvolvimento de um novo time para entrar na principal categoria do automobilismo mundial. Para ele, o atual grid de 10 equipes não representa o limite do que a F1 pode suportar.

“Em meus 28 anos, houve momentos em que havia 12 equipes na F1. Na verdade, antes de eu entrar para a BAR, assinei meu contrato em 97 e comecei em 98, havia ainda mais do que isso, por isso era necessária uma pré-qualificação. Portanto, acho que há espaço para uma 12ª equipe”, disse o dirigente.

A Fórmula 1 mantém 10 equipes no grid desde 2017, quando declarou falência. No entanto, a estreia da equipe da Cadillac, apoiada pela General Motors, está confirmada para 2026, como a 11ª escuderia oficial. Szafnauer pretende entrar na disputa por uma eventual 12ª vaga, caso a FIA reabra o processo de inscrição.

“A Cadillac ficou em 11º lugar. Acho que havia cinco equipes inscritas e uma delas foi selecionada pela FIA […] Por isso, quero ter certeza de que minha candidatura é a melhor entre as que tentarem”, declarou o norte-americano de origem romena.

Além do plano esportivo, Szafnauer reforçou que seu projeto pretende alinhar valores técnicos com viabilidade comercial, algo que, segundo ele, se tornou essencial na Fórmula 1 moderna. Ele cita Toto Wolff, chefe da Mercedes, como exemplo de liderança eficiente nos dois campos.

“Se você puder fazer as duas coisas, e Toto é assim, acho que você pode ser mais eficiente. […] Você mesmo lidera a equipe, tanto nas atividades comerciais quanto no aspecto técnico, e hoje em dia ambos são importantes”, completou.

Apesar de a FIA ainda não ter anunciado um novo processo seletivo, Szafnauer quer estar preparado para quando o momento chegar. Com otimismo, ele vê espaço e necessidade para mais carros na pista.“24 carros são melhores do que 22, e isso dá mais oportunidades para pilotos, engenheiros e equipes talentosas”, concluiu.