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Halo: o dispositivo que revolucionou a segurança na Fórmula 1

Publicado em 15/05/2025 às 15:54
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O Halo é um dispositivo de segurança criado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com o objetivo de aumentar a proteção dos pilotos de Fórmula 1. Introduzido oficialmente em 2018, o equipamento em formato de arco é instalado na parte externa do cockpit e atua como uma barreira para proteger o piloto em caso de acidentes.

Feito de titânio e pesando pouco mais de 10 quilos, o halo é capaz de suportar pressões de até 12 toneladas, o equivalente ao peso de um ônibus de dois andares. A ideia começou a ser estudada em 2011, após um relatório encomendado pela FIA que analisava maneiras de reduzir o risco de acidentes fatais. Um dos episódios que motivou esse desenvolvimento foi o trágico acidente de Henry Surtees, na Fórmula 2, em 2009.

O principal objetivo da FIA era criar um sistema que protegesse completamente o piloto de impactos causados por pneus e rodas em velocidades de até 225 km/h. Para isso, o halo passou por vários testes de resistência e impacto, com simulações de colisões em diferentes ângulos. Outro sistema avaliado foi o aeroscreen, hoje utilizado na IndyCar.

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Apesar da clara função de segurança, o halo enfrentou resistência inicial por parte de equipes, pilotos e fãs. As críticas iam desde a estética até a possível limitação de visibilidade. Com o tempo, no entanto, o dispositivo provou seu valor e se tornou um elemento fundamental para a integridade física dos competidores.

Um dos casos mais emblemáticos foi o acidente de Romain Grosjean, em 2020, no GP do Bahrein. O carro da Haas atravessou o guard rail, e o halo agiu como uma espécie de alavanca, afastando as lâminas de metal e criando o espaço necessário para que o piloto escapasse. O equipamento também foi crucial em acidentes envolvendo Charles Leclerc, Lewis Hamilton e Zhou Guanyu, entre outros.

Além da Fórmula 1, o uso do Halo é obrigatório também na Fórmula 2 e Fórmula 3. A FIA segue monitorando o desempenho do dispositivo e pode realizar ajustes conforme necessário. A segurança dos pilotos permanece como prioridade máxima, com novas tecnologias de proteção sendo constantemente avaliadas.

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