Brasil luta, mas é superado pela Itália na Liga das Nações Feminina de Vôlei
![Na despedida da etapa do Rio de Janeiro da Liga das Nações, a seleção brasileira feminina de vôlei enfrentou um dos maiores desafios da competição: a atual campeã olímpica, a Itália. Apesar do bom início e da entrega da jovem equipe comandada por José Roberto Guimarães, as italianas levaram a melhor e venceram por 3 […]](https://imagens.ne10.uol.com.br/veiculos/_midias/jpg/2025/06/08/597x330/1_whatsapp_image_2025_06_08_at_12_43_13-34577005.jpeg)
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Na despedida da etapa do Rio de Janeiro da Liga das Nações, a seleção brasileira feminina de vôlei enfrentou um dos maiores desafios da competição: a atual campeã olímpica, a Itália. Apesar do bom início e da entrega da jovem equipe comandada por José Roberto Guimarães, as italianas levaram a melhor e venceram por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/18 e 29/27, neste domingo (9), no Maracanãzinho.
O confronto entre Brasil e Itália é um verdadeiro clássico do vôlei mundial. Nos últimos dez anos, foram 15 partidas disputadas, com 11 vitórias brasileiras. O retrospecto recente era ainda mais favorável ao time verde-amarelo, que venceu os últimos quatro duelos — três deles no tie-break. Desta vez, no entanto, prevaleceram o volume de jogo e a consistência das europeias.
Equilíbrio no início, mas vantagem italiana
O Brasil começou o primeiro set de forma agressiva, com boa recepção e ataques eficientes de Lorena, Júlia e Ana Cristina. A equipe chegou a abrir vantagem, aproveitando erros das italianas no saque. Mas a reação adversária veio com Egonu e Antropova, que lideraram uma virada importante. Após abrir cinco pontos de diferença, a Itália administrou o placar e fechou a parcial em 25 a 22.
Brasil melhora no segundo set, mas cede no final
O segundo set trouxe uma seleção brasileira mais organizada. Jheovana brilhou no saque e no bloqueio, e Julia Bergmann finalizou um belo rali, colocando o Brasil à frente em 7 a 4. A Itália, no entanto, mostrou por que é uma das favoritas da competição: empatou, virou o placar e venceu por 25 a 18, aproveitando os erros das brasileiras na reta final.
Reação no fim do terceiro set empolga torcida, mas não evita derrota
A terceira parcial foi a mais disputada da partida. A Itália começou dominando, mas o Brasil reagiu e, empurrado pela torcida, chegou a empatar em 23 a 23 após ataque de Júlia Bergmann. A tensão tomou conta do Maracanãzinho, com os dois times trocando pontos até o fim. No entanto, um ataque de Egonu e um ace decretaram o fim da partida: 29 a 27 e 3 a 0 para a Itália.
Vozes do pós-jogo
Apesar da derrota, a avaliação da comissão técnica e das atletas foi de aprendizado.
“O mais importante agora é descansar, ver o que a gente fez de errado e tentar evoluir. Estamos preparadas para trabalhar e começar de novo”, afirmou Júlia na zona mista.
O técnico José Roberto Guimarães também destacou pontos positivos, mas reconheceu a superioridade italiana:
“O que deu de errado foi o volume de jogo. A Itália apresentou um volume melhor que o nosso, principalmente em bloqueio e defesa. A diferença em saques foi pequena, bloqueios também, mas elas tocaram mais e defenderam melhor”, avaliou em entrevista ao Esporte News Mundo.
“Esse era um jogo para entendermos o que precisamos evoluir. Ganhar do campeão olímpico é difícil, mas vamos continuar trabalhando. A Rosamaria retorna aos treinos nas próximas semanas e isso vai nos ajudar a melhorar o sistema defensivo”, completou.
Helena, que entrou nos últimos sets, também comentou sua participação:
“A gente estava meio preso. O jogo tem que ser mais solto. Não conseguimos colocar pressão. Mas não podemos desmerecer o trabalho delas. São campeãs olímpicas”, disse. “Fiquei muito feliz por ter entrado e ajudado o time. Poder mostrar meu trabalho para o Zé, que passa confiança para a gente o tempo todo, é gratificante.”
Próximos desafios
Agora, a Seleção Brasileira segue para a Turquia e, depois, para o Japão, onde disputará as próximas etapas da Liga das Nações. A fase final do torneio está marcada para acontecer entre os dias 23 e 27 de julho, na Polônia.