A força do vôlei feminino brasileiro que conquistou o mundo

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No dia 27 de junho, é celebrado o Dia Nacional do Vôlei, e o vôlei feminino brasileiro vem trilhando uma jornada marcada por desafios, talento, superação e conquistas inesquecíveis.
Das quadras de clubes pequenos às arenas olímpicas, as “meninas do vôlei” transformaram o Brasil em uma potência mundial do esporte. Atualmente, ocupando a vice-liderança no ranking da Federação Internacional de Voleibol, a seleção feminina segue honrando um legado que inspira novas gerações.
A modalidade começou a ganhar força no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960. Antes disso, era praticada principalmente em clubes e escolas, com pouca visibilidade e quase nenhum investimento. Ainda assim, algumas atletas pioneiras abriram caminho para as gerações futuras.
Entre elas, Isabel Salgado despontou como um ícone. Presente nas Olimpíadas de Moscou 1980 e Los Angeles 1984, foi a primeira brasileira a jogar fora do país, tornando-se também uma das precursoras do vôlei de praia. Ao seu lado, Vera Mossa, com três participações olímpicas no currículo, ajudou a consolidar o espaço das mulheres no esporte nacional.
Com o crescimento da cobertura midiática, o espaço conquistado em território nacional e o apoio da torcida, o vôlei feminino passou a ganhar destaque internacional. A partir de 1986, com o quinto lugar no Campeonato Mundial, o Brasil já começava a mostrar sua força. Nas Olimpíadas de Seul e Barcelona, o time seguiu evoluindo.
Nos anos 1990, a transformação foi definitiva com a chegada do técnico Bernardinho. Em 1994, a seleção foi vice-campeã mundial, conquistou o ouro no Grand Prix e a prata na Copa do Mundo. A rivalidade com Cuba marcou a década com confrontos intensos e memoráveis.
A trajetória olímpica teve seu primeiro grande capítulo em Atlanta 1996, com a medalha de bronze, repetida anos depois em Sydney 2000. Mas foi em Pequim 2008 que o sonho dourado se concretizou: o Brasil conquistou o ouro olímpico de forma invicta. Em Londres 2012, as brasileiras repetiram o feito, consolidando sua hegemonia. Já em Tóquio 2020 veio a prata, e em Paris 2024, o bronze.
Hoje, o Brasil ocupa a 2ª posição no ranking mundial da FIVB, atrás apenas da Itália, e conta com atletas como Gabi Guimarães, Carol Gattaz e Júlia Bergmann. A nova geração mantém o país entre as principais forças do cenário internacional.
Mais do que vitórias, o vôlei feminino brasileiro é símbolo de resistência e paixão. As conquistas mostram que, com apoio, investimento e visibilidade, o esporte feminino tem força para transformar realidades e inspirar sonhos.