Bola de Ouro: Relembre a temporada de Kaká em 2007, último brasileiro eleito o melhor jogador do mundo

Brasileiro conduziu Milan ao título da Champions em uma campanha histórica

Publicado em 04/06/2024 às 16:16

A temporada de clubes na Europa chegou ao fim, ainda teremos as disputas da Copa América e Eurocopa, mas a corrida pela Bola de Ouro já é um dos principais assuntos entre os torcedores do mundo todo nas redes sociais.

No Brasil, a discussão ganha ainda mais relevância uma vez que Vinicius Júnior fez uma grande temporada pelo Real Madrid, tendo sido campeão da Champions League com direito a gol (mais uma vez) na Final contra o Borussia Dortmund.

Além disso, sua vitória quebraria um jejum que já dura 17 anos desde a vitória de Kaká em 2007, quando, atuando pelo Milan, superou "apenas" Cristiano Ronaldo e Messi nos prêmios da Fifa e da France Football.

Mas, você se lembra do desempenho de Kaká naquele ano? Aos que eram nascidos e acompanharam, vamos relembrar. Aos mais jovens, apreciem a História:

Kaká em 2007; relembre temporada mágica do brasileiro no Milan

A vitória de Kaká em 2007 marca o fim de uma "Era de Ouro" do futebol brasileiro.

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Vindo de três finais de Copa do Mundo consecutivas, com dois títulos, em 1994 e 2002, e um vice em 1998, o Brasil também contou com uma série de jogadores mágicos, que haviam dominado as premiações de melhor jogador do mundo nos últimos anos.

Foram seis prêmios da Fifaquatro Bolas de Ouro entre 1996 e 1997, conquistadas por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Em 2006, o futebol brasileiro já dava sinais de desgaste com o fim de uma geração consagrada, eliminada pela França nas quartas-de-final da Copa na Alemanha, mas havia esperança numa nova geração com nomes como RobinhoAdriano ImperadorCicinho e com Ronaldinho Gaúcho ainda em atividade.

Mas, como a história mostrou, as expectativas não se tornaram realidade na dimensão que o brasileiro esperava, mas, Kaká assumiu com maestria a função de se tornar o principal jogador da Seleção Brasileira, assumindo a camisa 10.

Mais tarde, às vésperas da Copa do Mundo de 2010, acabaria sofrendo com uma pubalgia, lesão que prejudicou bastante seu desempenho naquela Copa, mas também o restante da sua carreira.

Mas, dado o "prefácio", vamos a 2007:

Comandado por Ancelotti, Kaká se destaca entre craques e conduz o Milan ao 7° título da Champions após anos de decepção

Apesar de ser pentacampeão com a Seleção Brasileira em 2002, com apenas 20 anos, Kaká só havia atuado durante 18 minutos naquela Copa, contra a Costa Rica, na fase de grupos e, posteriormente sofreu uma série de reveses na carreira, atuando pelo Milan.

Campeão italiano em 2003/04, os rossoneros viram a Juventus campeã em 2004/05 (título que seria posteriormente revogado por manipulação de resultados), e a maior rival, Inter de Milão, emplacar os títulos em 2005/06 e 2006/07, no começo de uma hegemonia que duraria até 2009/10.

Mas, sem dúvidas, a maior decepção deste período foi a Final da Champions League da Temporada 2004/05. Após estar vencendo por 3 x 0 no primeiro tempo, os italianos sofreram o empate por 3 x 3 do Liverpool e acabariam derrotados nos pênaltis por 3 x 2.

Dito isso, na temporada 2006/07, Kaká carregava não apenas o fardo no seu clube, como a decepção da própria Copa do Mundo 2006 com a Seleção Brasileira.

Mas, mostrando resiliência e puro talento, o brasileiro conduziu o Milan rumo ao título da Champions League, novamente em uma Final contra o Liverpool, e se destacando em um time repleto de lendas, como SeedorfPirloMaldiniCafuNestaGilardino e até o "grosso", porém matador, Inzaghi.

Números de Kaká na temporada 2006/07

Foram 18 gols 11 assistências em 48 jogos, números bons, mas não tão impressionantes como os que Cristiano Ronaldo e Messi nos acostumaram a ver, é verdade.

Mas, na Champions League, sim, os números foram avassaladores.

Em 13 jogos, Kaká marcou 10 gols, sendo o artilheiro daquela edição e contribuiu ainda com três assistências.

Na Final, não balançou as redes, mas deu um passe para um dos dois gols de Inzaghi.

Nas quartas-de-final marcou contra o Bayern na ida, em Milão, e deu assistência fora, em Munique.

Mas, sua partida mágica, sem dúvidas foi contra o Manchester United, na semifinal, mesmo apesar da derrota por 3 x 2.

O brasileiro marcou dois gols em Old Trafford, sendo um deles um golaço, o mais bonito da sua carreira em sua própria opinião, onde chapelou o zagueiro argentino Heinze, e com uma cabeçada, se livrou da dupla marcação do mesmo junto ao francês Evra para tocar na saída de van der Sar.

 

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