Brasileiro do skate fica pistola e reclama da torcida "Não é futebol"
Eliminado na fase preliminar da modalidade street, skatista não gostou do que ocorreu durante a competição nesta segunda (29) contra adversários
Eliminado nas preliminares do Skate Street nos Jogos Olímpicos de Paris, Felipe Gustavo "reclamou" sobre a atitude dos torcedores brasileiros que torcem pela queda de skatistas de outras nacionalidades. Aos 33 anos de idade, o atleta finalizou sua participação na competição na 15ª posição.
De acordo ele, não existe a postura "secar" no meio do skate e que todos são uma família, diferentemente do que ocorre no futebol.
"O skate é muito família. Dentro do skate ali não tem ninguém torcendo contra ninguém. Não é que nem futebol. Eu tento nem ter isso como uma distração, sabe? Acho que a galera realmente não entende. Então, a gente tenta que explicar da melhor forma como funciona o skate", comentou Felipe Gustavo em entrevista ao UOL.
A crítica do skatista brasileiro ocorreu pelo fato dos torcedores presentes comemorarem a cada manobra errada ou queda dos rivais dos brasileiros durante as disputas. A postura apresentada em Paris, segue repetindo nas redes sociais e já havia sido vista nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
De acordo com Felipe Gustavo, o apoio é mútuo e que tal atitude nunca existirá entre eles.
"O Decenzo, vinha para mim e falava: 'Vai, mano, se você acertar eu acerto'. Eu não quero que ele erre, quero que ele acerte para eu vir atrás e acertar. É, sei lá, uma admiração pelo esporte, quem anda de skate mesmo a gente quer ver o esporte crescer cada vez mais. Então isso gera uma motivação dentro da pista ali. E é isso, a gente é muito família", comentou.
O skatista brasileiro não conseguiu pontuar o suficiente na competição e foi eliminado, assim como Giovanni Vianna, outro brasileiro que representava em Paris 2024.
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