Por que a prova de Medina no surfe não foi adiada? Entenda por que brasileiro disputou semifinal em mar sem ondas

O Brasil está inconformado! Favorito à medalha de ouro, Gabriel Medina foi eliminado pelo australiano Jack Robinson em uma das provas mais sem graças da história do surfe e do esporte.

Com um mar extremamente calmo, foram raríssimas as ondas "surfáveis" em Teahupo'o, tanto que o brasileiro conseguiu surfar apenas uma, não conseguindo achar uma segunda onda para compor sua nota geral.

O australiano, por sua vez, conseguiu pegar três ondas, uma muitíssimo abaixo do ideal e outra mediana, que lhe rendiam, até o momento, uma nota inferior à única onda surfada por Medina.

Em sua terceira tentativa, Robinson conseguiu emplacar um tubo, tímido para o alto nível do surfe e para as capacidades surfista australiano, que teria grande chances de vencer o brasileiro, ainda com um mar em condições ideais.

No entanto, a grande frustração e reclamação dos torcedores brasileiros é a de que, se já haviam sido feitos tantos adiamentos (a semifinal estava marcada originalmente marcada para o último sábado), por que não adiaram novamente?

Entenda por que prova de Medina não foi adiada e aconteceu em mar com péssimas condições para a prática do surfe

A resposta é simples e burocrática, mas compreensível: Não havia mais calendário para o Surfe nas Olimpíadas de Paris.

Os esportes possuem seus calendários, suas logísticas e suas, como já dito, "burocracias".

É dever da organização preservar a integridade física e a saúde dos atletas, bem como proporcionar provas nos momentos mais ideais para a prática do esporte.

Portanto, foram vários adiamentos na competição, que começou em 27 de julho, tanto por condições perigosas de mar, como condições muito calmas, como as de hoje, sem boas ondas.

Como não poderia mais postergar a realização das provas e as condições do mar não ofereciam risco à integridade física dos atletas, a saída foi realizar a prova nas condições que vimos.

Medina ainda disputa o bronze nas Olimpíadas

Jack Robinson enfrentará o o francês Kauli Vaast, na disputa pela medalha de ouro, às 21h16, horário de Brasília.

Gabriel Medina, por sua vez, disputará a medalha de bronze contra o peruano Alonso Correa, às 19h54.

Brasil ainda pode ganhar o ouro no surfe feminino com Tatiana Weston-Webb

A disputa das semifinais do Feminino, com presença da brasileira Tatiana Weston-Webb, que enfrentará a costarriquenha Brisa Hennessy começam às 18h42.

Todas as disputas, incluindo às pelo bronze e a Final, valendo as medalhas de ouro e de prata terão transmissão da Globo, priorizando as disputas do brasileiros, na tv aberta, do Sportv, na tv fechada, da CazéTV, no Youtube, do Globoplay, no streaming e do site Olympics.com.

Por que as provas de Surf acontecem no Taiti?

Embora muitos brasileiros possam ter a falsa conclusão, muito em função da participação do Taiti na Copa das Confederações de 2013, disputada no Brasil, o Taiti não é um país.

Colônia francesa a partir de 1880, a Ilha situada na Oceania foi declarado, em 1946, um território ultramarino autônomo da República Francesa, sendo parte da Polinésia Francesa, formada por 118 ilhas de 5 arquipélagos.

Portanto, o Taiti é parte do território francês e os taitianos possuem plenos direitos políticos e civis como cidadãos franceses.

Além de uma decisão política do governo francês de buscar estender os Jogos pelo máximo do território francês, a escolha pelo Taiti é também técnica!

As ondas de Teahupo'o são bastantes desafiadoras e dão ao local o status de uma das "melhores praias do mundo" para a prática do Surf, não à toa faz parte do circuito da World Surf League (WSL), principal competição da modalidade.