Por que não tem brasileiro no Breaking nas Olimpíadas? Veja motivo

Apesar de ter grandes nomes em destaque no cenário mundial, o Brasil acabou ficando de fora da disputa dos Jogos Olímpicos de Paris

Publicado em 09/08/2024 às 10:00

O Breaking é uma das grandes novidades da Olimpíada de Paris. Após estrear como modalidade olímpica nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, a promessa é que também faça bastante sucesso nesta edição dos Jogos Olímpicos.

Mas e o Brasil, por que está fora da disputa? Mesmo sendo um dos grandes potenciais do Breaking mundial, nenhum brasileiro acabou se classificando para Paris-2024. Mas, diferente de modalidades como o futebol masculino, o problema do Brasil foi muito além do mau desempenho "em campo". Entenda na matéria.

Como funcionou o ciclo olímpico brasileiro?

Após a confirmação que o breaking se tornaria uma modalidade olímpica, em 2020, o primeiro passo foi ser criado uma Confederação Brasileira de Breaking. Mas os atletas acabaram se afiliando ao Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD).

Com isso, uma série de problemas foram se acarretando. Uma seleção brasileira foi anunciada, federações estaduais não puderam se afiliar e uma equipe técnica nunca foi formada na CNDD - um problema que ainda perdura.

Depois da realização os Jogos de Tóquio, em 2021, esperava-se o início de um ciclo olímpico repleto de competições esportivas para a modalidade. Sem isso, não foi organizado um ranking de atletas e, um critério que fosse definir os representantes do Brasil em torneios olímpicos internacionais.

A primeira, e única, competição esportiva organizada pela CNDD foi realizada apenas em novembro de 2022, em São Paulo-SP, com uma divulgação de apenas três meses de antecendência. Assim, limitando atletas de estados mais distantes de conseguir se organizar melhor para marcar presença.

A convocação da CNDD para a seleção brasileira de breaking acabou sendo baseada apenas nas pontuações em torneios olímpicos internacionais. Sem isso, o atleta brasileiro teria que se virar por conta própria para participar de torneios pré-olímpicos fora do país.

Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, o Brasil também não chegou a figurar entre os primeiros colocados. A competição deu duas vagas diretas para os Jogos de Paris.

A última chance veio em 2024, no torneio pré-olímpico de Xangai, na China. O paraense Leony Pinheiro foi o único representante brasileiro na disputa, mas também não conseguiu a classificação.

Confira o Quadro de Medalhas de Paris-2024

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