Brasil não empolga, mas vence o Equador e respira nas Eliminatórias

Na noite desta sexta-feira (6), o Brasil fez o que lhe era mais urgente e, com gol de Rodrygo, aos 29 do 1° tempo, venceu o Equador no Couto Pereira, em Curitiba, pela 7ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, por 1 x 0 e encerrou aquela que era sua pior sequência na história da competição (três derrotas seguidas) e sobe do 6° para o 4° lugar com 10 pontos.

Com 6 vagas diretas, a posição da Seleção Brasileira é bastante tranquila e a vantagem para o Paraguai, 7° colocado e que hoje iria para a Repescagem é de 4 pontos.

Se o resultado foi positivo, o desempenho manteve as interrogações que pairam sobre a Seleção Brasileira, que seguiu distante da empolgação que gerou contra Espanha e Inglaterra em março e mais próximo do apresentado na última Copa América, motivando algumas vaias, tímidas, da torcida curitibana ao apito final.

Agora, a Seleção voltará a campo somente na próxima terça-feira (10), às 21h45, horário de Brasília, contra o Paraguai, no Defensores del Chaco em Assunção.

Resumo do jogo

A Seleção Brasileira começou com dificuldades na criação. Sem referência no ataque, o trio formado por Vinicius Júnior, Rodrygo e Luiz Henrique até se movimentou bastante, mas não conseguia desencaixar a forte e boa marcação do Equador.

Em compensação, os equatorianos também não conseguiam encaixar contra-ataques e assustar o gol defendido por Alisson, tornando o jogo monótono e anticlimático para a Seleção Brasileira.

O gol brasileiro saiu aos 29 minutos do 1° tempo. Rodrygo saiu da posição de referência entre os zagueiros e veio buscar a bola no meio-campo, atuando como um camisa 10, que ele usa às costas, clássico, e arriscou pro gol, a bola desviou na defesa, enganou o goleiro Galindez e ainda bateu na trave antes de morrer nas redes do lado oposto.

Com o 1 x 0 no placar, o Equador passou a sair mais em busca do gol do empate, mas ainda com cautela para evitar dar espaço para o rápido e habilidoso ataque brasileiro, que teve dificuldade em chegar novamente, se resumindo a uma boa escapada de Luiz Henrique pela direita, que teve seu cruzamento para Vinicius Júnior, livre para marcar, cortado por Félix Torres.

A última grande chance do primeiro tempo foi do Equador. Achando o contra-ataque que tanto buscava, Kevin Rodríguez fez bela jogada pela esquerda e deixou Caicedo cara a cara com Alisson, que fez bela defesa na tentativa de cavadinha do meia do Chelsea.

No rebote, Caicedo tentou de novo, mas desta vez Gabriel Magalhães apareceu para salvar em cima da linha em mais um duelo entre jogadores da Premier League.

No segundo tempo, o jogo seguiu no mesmo ritmo. O Equador tentava sair mais para o jogo, mas ainda assim sem se arriscar bastante, o que deixava o Brasil, numa situação desconfortável na tabela, confortável no jogo.

Os momentos de mais ousadia saíram dos pés dos garotos Kendry Páez, do lado do Equador, e Estêvão, no lado brasileiro, mas que duraram pouco tempo, por não encontrar ressonância no restante dos jogadores em campo, tornando a manutenção de Endrick no banco durante todo o jogo como o "grande destaque" da segunda etapa.

Ficha do jogo

Escalações

• Brasil: Alisson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana (Wendell); André (João Gomes), Bruno Guimarães (Gerson) e Lucas Paquetá (Lucas Moura); Rodrygo, Vinicius Júnior e Luiz Henrique (Estêvão) - Dorival Júnior

• Equador: Galíndez; Félix Torres, Pacho e Hincapié; Jhegson Méndez (Gruezo), Moisés Caicedo, Alan Franco, Sarmiento (Kendry Páez) e Estupiñán (Medina); Kevin Rodríguez (Mercado) e Enner Valencia (Yeboah) - Sebastián Beccacece

Arbitragem

• Árbitro: Facundo Tello (ARG)

• Assistente 1: Ezequiel Brailosky

• Assistente 2: Gabriel Chade (ARG)

• VAR: Silvio Trucco (ARG)

Cartões

• Amarelo: Lucas Moura (Brasil)

• Vermelho: