Corinthians vence a Libertadores Feminina, mas jogadoras protestam contra Conmebol
Jogadoras do time aproveitaram o momento para levantar uma bandeira de protesto contra as condições da competição, destacando que "nem tudo é festa"
O Corinthians conquistou seu pentacampeonato da Libertadores Feminina ao vencer o Santa Fé por 2 a 0 neste sábado, em Assunção, no Paraguai.
Apesar da comemoração pela vitória, as jogadoras do time aproveitaram o momento para levantar uma bandeira de protesto contra as condições da competição, destacando que "nem tudo é festa".
O desabafo foi divulgado nas redes sociais pelas atletas, que criticaram o descaso da Conmebol com o futebol feminino.
Em um vídeo publicado online, as jogadoras relataram diversos problemas enfrentados durante o torneio: falta de divulgação, mudança de sede de última hora, condições precárias dos campos, jogos a cada três dias, estrutura inadequada e a limitação de apenas 20 atletas inscritas por equipe.
Além disso, elas denunciaram a proibição de aquecerem no campo antes das partidas. Jogadoras de outros clubes também aderiram ao protesto, pedindo mais respeito e melhores condições para o futebol feminino.
A insatisfação das atletas já vinha sendo exposta ao longo da competição. A atacante Gabi Zanotti, do Corinthians, por exemplo, postou um vídeo em suas redes sociais mostrando o estado do ônibus fornecido pela Conmebol para o transporte das jogadoras: um veículo velho, com cadeiras e equipamentos quebrados.
A goleira Laurina Oliveros, do Boca Juniors, também se manifestou após a eliminação da equipe argentina na semifinal contra o Corinthians.
"É algo desumano jogar a cada três dias. Só acontece no feminino. Um pouco mais de carinho com o futebol feminino, porque assim não há maneira de crescer. Todas merecemos melhores condições nesse torneio", desabafou a atleta.
O protesto foi encerrado com uma palavra de ordem clara e unânime: "Respeito".
As jogadoras do Corinthians, juntamente com atletas de outros times, compartilharam a mensagem em suas redes sociais, reforçando a importância de melhorias estruturais e organizacionais para o crescimento do futebol feminino.