Kaká Bola de Ouro: relembre a temporada do último brasileiro eleito o melhor jogador do mundo
Um jogador nascido no Brasil não vence a principal premiação individual do futebol desde o ano de 2007; jejum pode aumentar caso Vini Jr não vença
É hora de decidir quem será o melhor jogador do mundo de 2024, ao menos segundo a avaliação da revista francesa France Football, responsável pela icônica premiação da Bola de Ouro.
Segundo o jornalista italiano Fabrizio Romano, Vinicius Júnior e outros jogadores do Real Madrid não viajaram a Paris por que haviam sido informados de que o brasileiro não seria o vencedor.
Se confirmados os rumores, isso significará a ampliação jejum que já dura 17 anos desde a vitória de Kaká em 2007, quando, atuando pelo Milan, superou "apenas" Cristiano Ronaldo e Messi nos prêmios da Fifa e da France Football e foi último brasileiro eleito o melhor jogador do mundo.
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Mas, você se lembra do desempenho de Kaká naquele ano? Aos que eram nascidos e acompanharam, vamos relembrar. Aos mais jovens, apreciem a História:
Kaká em 2007; relembre temporada mágica do brasileiro no Milan
A vitória de Kaká em 2007 marca o fim de uma "Era de Ouro" do futebol brasileiro.
Vindo de três finais de Copa do Mundo consecutivas, com dois títulos, em 1994 e 2002, e um vice em 1998, o Brasil também contou com uma série de jogadores mágicos, que haviam dominado as premiações de melhor jogador do mundo nos últimos anos.
Foram seis prêmios da Fifa e quatro Bolas de Ouro entre 1996 e 1997, conquistadas por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Em 2006, o futebol brasileiro já dava sinais de desgaste com o fim de uma geração consagrada, eliminada pela França nas quartas-de-final da Copa na Alemanha, mas havia esperança numa nova geração com nomes como Robinho, Adriano Imperador, Cicinho e com Ronaldinho Gaúcho ainda em atividade.
Mas, como a história mostrou, as expectativas não se tornaram realidade na dimensão que o brasileiro esperava, mas, Kaká assumiu com maestria a função de se tornar o principal jogador da Seleção Brasileira, assumindo a camisa 10.
Mais tarde, às vésperas da Copa do Mundo de 2010, acabaria sofrendo com uma pubalgia, lesão que prejudicou bastante seu desempenho naquela Copa, mas também o restante da sua carreira.
Mas, dado o "prefácio", vamos a 2007:
Comandado por Ancelotti, Kaká se destaca entre craques e conduz o Milan ao 7° título da Champions após anos de decepção
Apesar de ser pentacampeão com a Seleção Brasileira em 2002, com apenas 20 anos, Kaká só havia atuado durante 18 minutos naquela Copa, contra a Costa Rica, na fase de grupos e, posteriormente sofreu uma série de reveses na carreira, atuando pelo Milan.
Campeão italiano em 2003/04, os rossoneros viram a Juventus campeã em 2004/05 (título que seria posteriormente revogado por manipulação de resultados), e a maior rival, Inter de Milão, emplacar os títulos em 2005/06 e 2006/07, no começo de uma hegemonia que duraria até 2009/10.
Mas, sem dúvidas, a maior decepção deste período foi a Final da Champions League da Temporada 2004/05. Após estar vencendo por 3 x 0 no primeiro tempo, os italianos sofreram o empate por 3 x 3 do Liverpool e acabariam derrotados nos pênaltis por 3 x 2.
Dito isso, na temporada 2006/07, Kaká carregava não apenas o fardo no seu clube, como a decepção da própria Copa do Mundo 2006 com a Seleção Brasileira.
Mas, mostrando resiliência e puro talento, o brasileiro conduziu o Milan rumo ao título da Champions League, novamente em uma Final contra o Liverpool, e se destacando em um time repleto de lendas, como Seedorf, Pirlo, Maldini, Cafu, Nesta, Gilardino e até o "grosso", porém matador, Inzaghi.
Números de Kaká na temporada 2006/07
Foram 18 gols e 11 assistências em 48 jogos, números bons, mas não tão impressionantes como os que Cristiano Ronaldo e Messi nos acostumaram a ver, é verdade.
Mas, na Champions League, sim, os números foram avassaladores.
Em 13 jogos, Kaká marcou 10 gols, sendo o artilheiro daquela edição e contribuiu ainda com três assistências.
Na Final, não balançou as redes, mas deu um passe para um dos dois gols de Inzaghi.
Nas quartas-de-final marcou contra o Bayern na ida, em Milão, e deu assistência fora, em Munique.
Mas, sua partida mágica, sem dúvidas foi contra o Manchester United, na semifinal, mesmo apesar da derrota por 3 x 2.
O brasileiro marcou dois gols em Old Trafford, sendo um deles um golaço, o mais bonito da sua carreira em sua própria opinião, onde chapelou o zagueiro argentino Heinze, e com uma cabeçada, se livrou da dupla marcação do mesmo junto ao francês Evra para tocar na saída de van der Sar.