Náutico: Justiça reconhece demissão por justa causa de Hélio dos Anjos
A demissão do técnico na temporada 2022 repercutiu bastante e gerou grande desgaste, principalmente com o então presidente alvirrubro Diógenes Braga
Em decisão unânime, a Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região aceitou o recurso do Náutico e reconheceu a demissão por justa causa do técnico Hélio dos Anjos. A rescisão do contrato aconteceu no ano de 2022 e foi contestada pelo treinador. Inicialmente, na 1ª instância, o Timbu foi condenado a pagar cerca R$ 800 mil.
Valor esse que sofreu grande redução, agora, com a decisão da 2ª instância. Na época, a saída de Hélio gerou um grande desgaste com o então presidente alvirrubro Diógenes Braga.
Entre os pontos de defesa do clube, que foi considerado pela Justiça, estão uma mensagem do treinador para o presidente em tom desrespeitoso. Na época, o filho de Hélio, Guilherme dos Anjos, que era auxiliar técnico, também recebeu a demissão por justa causa pouco antes da saída do comandante.
"Foi uma notícia muito positiva para os interesses do Náutico. É importante registrar que essa vitória ocorreu em medida do recurso que o clube entrou no caso", afirmou o advogado alvirrubro André Jales, em entrevista à Rádio Jornal.
Procurado pela reportagem do Escrete de Ouro, Hélio dos Anjos garantiu que irá recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. "Faz parte. Ganhei na 1ª, eles ganharam na 2ª e tenho o direito, e vou, recorrer", pontuou.
Ex-presidente do Náutico comemora decisão
Diógenes Braga, ex-presidente do Náutico, comemorou a decisão da Justiça no processo contra o ex-técnico. Ele pontuou que a vitória do clube pode ser um marco na relação dos times com os profissionais do futebol, principalmente da função de treinador.
"É importante colocar que quem fez a sustentação oral foi o advogado Edmilson Boavigem, prestador de serviço, alvirrubro e brilhante advogado trabalhista. Acompanhei de perto esse processo e a forma com que os fatos foram colocados mostrou que o direito do Náutico era bom", afirmou Diógenes.
"A grande questão é a defesa do clube. Uma decisão de um treinador por justa causa é difícil, mas foi tomada ouvindo todas as partes, assim como tudo que fiz como presidente. E o desenhou que se teve era que se caracterizava uma demissão por justa causa", completou o ex-presidente, em entrevista à Rádio Jornal.