Senna na Netflix: Veja quais são as verdades e mentiras mostradas na minissérie
A produção, dirigida por Vicente Amorim e Júlia Rezende, combina elementos reais e fictícios para contar a história do icônico piloto
A tão aguardada minissérie sobre Ayrton Senna estreou na Netflix na última sexta-feira (29), gerando grande repercussão nas redes sociais.
A produção, que narra a vida do tricampeão mundial de Fórmula 1, tem sido alvo de diversas discussões, principalmente sobre a precisão histórica e o tratamento dado a personagens da vida real, como Adriane Galisteu, Xuxa e Nelson Piquet.
Usuários de redes sociais se apegaram a detalhes como o tempo de tela das duas personagens, gerando debates acalorados sobre a importância e a fidelidade desses momentos em relação à vida do piloto.
É mentira ou realmente aconteceu?
Entre os momentos retratados na série, há fatos que, por mais inacreditáveis que pareçam, são totalmente verídicos.
Um exemplo disso é quando, em 1983, durante uma corrida da Fórmula 3, a equipe de Senna usou fita adesiva na entrada de ar do radiador do carro para aquecer o óleo mais rapidamente, uma estratégia improvisada para maximizar o desempenho do carro.
Esse fato, que parece uma invenção de ficção, na verdade aconteceu e foi uma das demonstrações da engenhosidade de Senna.
Outro momento marcante mostrado na série é a vitória de Senna no Grande Prêmio do Brasil de 1991, em Interlagos, quando o piloto venceu com apenas uma marcha funcionando no carro nas voltas finais.
Apesar das dores musculares intensas, Senna conseguiu manter a liderança e conquistar a vitória de forma emocionante, um dos muitos feitos heróicos que marcaram sua carreira.
No entanto, a série também se permite algumas liberdades criativas. Um exemplo disso é a personagem fictícia interpretada por Kaya Scodelario, que não existiu na vida real de Senna.
A jornalista criada para a narrativa serve como um dispositivo dramático para explorar a mente do piloto e oferecer uma perspectiva externa sobre sua vida, mas é totalmente inventada, sem qualquer base real.
Outro ponto questionado foi a forma como a série retratou o primeiro encontro de Senna com Adriane Galisteu, sua última namorada. No enredo da Netflix, o encontro ocorre durante uma festa após a vitória de Senna no GP do Brasil de 1993.
No entanto, Galisteu afirma que conheceu o piloto quando ela trabalhou para uma marca e teve a função de segurar o guarda-chuva para o campeão.
Liberdade narrativa
A minissérie sobre Ayrton Senna, sem dúvida, é um tributo ao legado do piloto e à sua trajetória dentro e fora das pistas. No entanto, a combinação de verdades e licenças dramáticas tem gerado discussões entre fãs e especialistas sobre até que ponto a série está sendo fiel à história.