Senna na Netflix: Veja quais são as verdades e mentiras mostradas na minissérie

A produção, dirigida por Vicente Amorim e Júlia Rezende, combina elementos reais e fictícios para contar a história do icônico piloto

Publicado em 02/12/2024 às 15:55
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A tão aguardada minissérie sobre Ayrton Senna estreou na Netflix na última sexta-feira (29), gerando grande repercussão nas redes sociais.

A produção, que narra a vida do tricampeão mundial de Fórmula 1, tem sido alvo de diversas discussões, principalmente sobre a precisão histórica e o tratamento dado a personagens da vida real, como Adriane Galisteu, Xuxa e Nelson Piquet.

Usuários de redes sociais se apegaram a detalhes como o tempo de tela das duas personagens, gerando debates acalorados sobre a importância e a fidelidade desses momentos em relação à vida do piloto.

É mentira ou realmente aconteceu?

Entre os momentos retratados na série, há fatos que, por mais inacreditáveis que pareçam, são totalmente verídicos.

Um exemplo disso é quando, em 1983, durante uma corrida da Fórmula 3, a equipe de Senna usou fita adesiva na entrada de ar do radiador do carro para aquecer o óleo mais rapidamente, uma estratégia improvisada para maximizar o desempenho do carro.

Esse fato, que parece uma invenção de ficção, na verdade aconteceu e foi uma das demonstrações da engenhosidade de Senna.

Outro momento marcante mostrado na série é a vitória de Senna no Grande Prêmio do Brasil de 1991, em Interlagos, quando o piloto venceu com apenas uma marcha funcionando no carro nas voltas finais.

Apesar das dores musculares intensas, Senna conseguiu manter a liderança e conquistar a vitória de forma emocionante, um dos muitos feitos heróicos que marcaram sua carreira.

No entanto, a série também se permite algumas liberdades criativas. Um exemplo disso é a personagem fictícia interpretada por Kaya Scodelario, que não existiu na vida real de Senna.

A jornalista criada para a narrativa serve como um dispositivo dramático para explorar a mente do piloto e oferecer uma perspectiva externa sobre sua vida, mas é totalmente inventada, sem qualquer base real.

Outro ponto questionado foi a forma como a série retratou o primeiro encontro de Senna com Adriane Galisteu, sua última namorada. No enredo da Netflix, o encontro ocorre durante uma festa após a vitória de Senna no GP do Brasil de 1993.

No entanto, Galisteu afirma que conheceu o piloto quando ela trabalhou para uma marca e teve a função de segurar o guarda-chuva para o campeão.

Liberdade narrativa

A minissérie sobre Ayrton Senna, sem dúvida, é um tributo ao legado do piloto e à sua trajetória dentro e fora das pistas. No entanto, a combinação de verdades e licenças dramáticas tem gerado discussões entre fãs e especialistas sobre até que ponto a série está sendo fiel à história.

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