Náutico entra em fase decisiva com investidores para venda da SAF

O presidente do Náutico, Bruno Becker, e os representantes do Consórcio Timbu, grupo de investidores interessado em adquirir 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, deram um passo importante no processo de negociação ao assinarem uma proposta não vinculante.

Este marco estabelece uma nova etapa nas tratativas, que agora serão aprofundadas em relação a pontos cruciais do acordo.

Próximos passos e prazos definidos

Com a proposta assinada, as partes têm um prazo inicial de 30 dias, até o dia 4 de janeiro de 2024, para detalhar questões fundamentais como:

• Investimentos no futebol: Plano de aporte financeiro para elevar o desempenho esportivo do clube.
• Reforma dos Aflitos: Projetos de modernização e ampliação do estádio.
• Melhorias no CT e na sede social: Planejamento para estruturar o clube e melhorar suas instalações.
• Pagamento do passivo: Gestão da dívida do clube, que atualmente soma cerca de R$ 250 milhões.

Caso necessário, o prazo pode ser estendido por mais 30 dias, mediante solicitação de uma ou ambas as partes. Contudo, segundo o documento, uma segunda prorrogação não está prevista, o que torna o dia 3 de fevereiro de 2024 a data limite para a definição sobre a assinatura da proposta vinculante.

O que muda com a proposta vinculante

A assinatura da proposta vinculante será o próximo grande passo e representará um compromisso oficial entre o Náutico e os investidores, incluindo cláusulas de multa caso os acordos não sejam cumpridos.

Nessa etapa, informações ainda protegidas por cláusulas de confidencialidade, como os nomes dos investidores e os valores envolvidos, deverão ser divulgadas publicamente.

Apesar do avanço, a assinatura da proposta vinculante não garante a conclusão da venda da SAF. Após essa etapa, o processo ainda precisará ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube e, posteriormente, submetido à Assembleia Geral de Sócios, onde a decisão final será tomada.

Expectativa de futuro

Para o Náutico, a negociação com o Consórcio Timbu é vista como uma oportunidade para reestruturar o clube em termos financeiros e esportivos.

A possibilidade de modernizar as instalações, quitar dívidas e investir no futebol gera otimismo, embora o processo ainda dependa de múltiplas aprovações.