Sport explica escolha de Retrofit ao invés de Arena mesmo com capacidade reduzida

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (19), o presidente do Sport, Yuri Romão, acompanhado do vice-presidente financeiro, Bruno Schwambach, falou sobre o projeto do Retrofit da Ilha do Retiro, aprovado por unanimidade pelo o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) na última quarta-feira (18).

Dentre os temas abordados na coletiva, esteve o porquê da escolha de um projeto de Retrofit, que consiste numa reforma e modernização da estrutura já existente, ao invés da construção de uma Arena, que consistiria na demolição do atual estádio e outras áreas para tal.

Em sua explicação, o presidente rubro-negro alegou que a legislação municipal não permitiria uma obra desta natureza e que um projeto que conseguisse tal aprovação tenderia a ser bastante mais complexo.

Além disso, Yuri Romão frisou duas desvantagens de um projeto de Arena. Em suas palavras, o processo de demolição da estrutura atual somado à construção do novo complexo seria bastante mais demorado.

Além disso, o custo do projeto seria, também, bastante elevado. Saltando de um valor na casa de entre R$ 170 e 190 milhões para algo entre R$ 600 e 700 milhões, um aumento entre 215% e 311% no valor geral.

Em contrapartida, um dos mais fortes argumentos dos que defendem a construção de uma Arena é a capacidade do estádio, que não deve ter uma ampliação tão significativa quanto boa parte dos torcedores rubro-negros desejam, ficando na casa dos 35 mil torcedores, acima dos atuais 26.345 liberados no momento.

A esse questionamento, foi explicado que o projeto de Retrofit não permitiria um aumento de grande porte em função das limitações estruturais dos arredores da Ilha do Retiro, sobretudo em se tratando das curvas da Arquibancada Frontal e reiterado que algo diferente disso seria bastante mais dispendioso.

O visual da Ilha do Retiro após o Retrofit

Quanto ao visual, o vice-presidente financeiro do clube, Bruno Schwambach, explicou que o projeto divulgado não definitivo e que o resultado final pode divergir daquele inicialmente apresentado:

"O resultado visual não é o final. Neste processo, de várias etapas, você precisa de um estudo que demonstre qual é o porte e a volumetria do que você vai construir e como funcionará os fluxos, de veículos, pessoas, transporte, além da questão da infraestrutura de drenagem, esgoto e energia.

Todo esse trabalho que foi feito (projeto aprovado) foi para demonstrar que dá para montar esses equipamentos neste porte. A partir de agora iremos trabalhar nos projetos executivos, que serão onde iremos determinar as questões estéticas."