Coluna do Escrete: Náutico é único grande "sem perspectiva" e SAF passa a ser "urgente" nos Aflitos
Ainda sem sua SAF definida, Timbu vê Sport e Santa Cruz à frente quando o assunto é "projeto de futuro" e gera ansiedade na torcida alvirrubra
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O Náutico é um dos times mais tradicionais do futebol brasileiro. Nos anos 60, foi uma das grandes potências do país, com títulos nacionais e uma torcida vibrante que, embora não seja a maior em números, é uma das mais apaixonadas e fiéis.
Sem conseguir emplacar um ciclo de resultados positivos desde o rebaixamento à Série C. Apesar de ter chegado à final do último Campeonato Pernambucano, o Timbu vem passando longe de seu principal objetivo nas temporadas que disputa: o acesso à Série B.
O Timbu se vê em uma situação, sobretudo se comparada a de seus rivais, Sport e Santa Cruz, que parecem estar encontrando caminhos com mais clareza e otimismo, sem perspectivas.
O Sport, por exemplo, acaba de retornar à Série A e terá um orçamento robusto para 2025, que partia da casa dos R$ 100 milhões e que agora será incrementado com a assinatura de um patrocínio master de R$ 70 milhões por duas temporadas com a Betnacional.
Embora ainda não tenha uma SAF, o Leão está em processo de Recuperação Judicial, o que resultou em uma redução considerável de suas dívidas, além de bons acordos que preveem prazos e condições de pagamento favoráveis, além do projeto de Retrofit da Ilha do Retiro, que promete uma grande modernização de seu estádio, um passo importante para o futuro.
Por outro lado, o Santa Cruz, que até pouco tempo estava sem divisão, hoje vê-se em uma situação bem diferente. Com a venda da SAF, o clube tricolor garantiu um investimento de R$ 1 bilhão em 15 anos, o que proporcionou uma reviravolta em sua trajetória.
Mesmo estando na Série D, o Santa Cruz já começa a atrair bons reforços, como Thiago Galhardo, e se destaca no Campeonato Pernambucano e uma reforma no Arruda entra nos planos do clube para o clube ter melhores condições de competir em alto nível, com um engajamento ainda maior de sua gigantesca torcida.
Enquanto isso, o Náutico assiste a esse movimento dos seus rivais com um misto de frustração e senso de "urgência". O projeto de SAF, que se arrasta de forma lenta, se torna urgente para que o clube encontre uma saída para seus problemas financeiros e esportivos.
O futuro do Náutico depende, portanto, da agilidade nas negociações, da aprovação da SAF e, sobretudo, da coragem de tomar as decisões certas para que o clube volte a ocupar o lugar de destaque que já teve no futebol brasileiro. Mas o tempo está passando e, a cada dia sem uma solução efetiva, o Timbu se vê mais distante do seu próprio legado.