Manipulação no futebol: Polícia Civil descobre grupo de WhatsApp, hierarquia e mais de R$ 11 milhões
O Blog do Torcedor apurou que a organização investigada era dividida em três níveis de poder e tinha um grupo intitulado "Arbitragem da Propina"

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A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), detalhou a Operação Jogada Marcada, que cumpriu 16 mandos de busca e apreensão em Pernambuco e outros estados sobre a manipulação de resultados em jogos no futebol brasileiro.
Sete pessoas foram presas e nove mandados de busca e apreensão, sendo um árbitro, um ex-presidente de clube cearense, dois aliciadores e dois ex-jogadores. Além de Pernambuco, as prisões ocorreram nos estados do Espírito Santo, do Ceará, do Maranhão e na Paraíba.
No momento, o único nome revelado é de D’Guerro Batista Xavier, de 46 anos, preso na quarta-feira (09/04), em João Pessoa. Os demais não tiveram as identidades reveladas e um está foragido.
Os criminosos criaram um grupo no WhatsApp com o nome "Arbitragem da Propina". Vale destacar que apenas um dos investigados movimentou, no período sob análise, mais de R$ 11 milhões.

Os três níveis da organização criminosa
O Blog do Torcedor apurou que se trata de uma organização criminosa para apostas esportivas, com anos de execução, tendo três núcleos de ação: financiadores, intermediários e executores.
Financiadores
- Responsáveis pelo aporte financeiro à execução das fraudas.
Intermediários
- Incumbidos de estabelecer contato e apresentar propostas ilícitas.
Executores
- Incluem jogadores de futebol, treinadores e dirigentes de clubes.
Grupo do WhatsApp para combinar as apostas
O delegado Eduardo Gomes, do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Goiás, explicou detalhes da investigação e os próximos passos.
"O aliciador conseguiu o telefone do dirigente e ofereceu valores para investir no clube, se permitisse que entregasse três resultados. Ele escolheria as partidas", contou à TV Globo.
Denúncia que ocasionou a operação
A denúncia ocorreu em 2023, por Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, antes da Série D. "Agora vamos identificar os jogos. Estamos recebendo as apreensões nas residências dos investigados para buscar as partidas manipuladas", completou a autoridade policial em entrevista.


