Conheça Rodrigo Santos, reforço do Fortaleza que vem do Maringá FC

O Maringá Futebol Clube se junta a projetos como o Retrô, Amazonas, Novorizontino e demais SAFs bem geridas que vão ganhando espaço no futebol nacional — com o time acumulando 2 vices estaduais, avanços na Copa do Brasil e o acesso inédito à Série C nos últimos 2 anos.

Mas se a gestão e a organização do “Dogão” estão entre os motivos de sucesso fora das 4 linhas, dentro de campo o volante Rodrigo Santos está entre os principais pilares que vêm promovendo a mudança de patamar da equipe paranaense.

Fortaleza paga R$ 4 milhões por 60% dos direitos do jogador

O notável impacto de Rodrigo no Maringá e seu bom desempenho mesmo frente a adversários de primeiro escalão do futebol brasileiro motivaram o Fortaleza a comprar 60% dos direitos federativos do meio-campista por R$ 4 milhões à vista.

Formado na base do Bahia e vindo do Grêmio Prudente, Rodrigo fez 49 jogos com a camisa do Tricolor Maringaense, somando 10 gols e 5 assistências. Ele foi destaque tanto nas duas campanhas de Campeonato Paranaense que participou — sendo o artilheiro do time no estadual em 24 e concorrendo ao prêmio de melhor jogador da competição em 25 — quanto na Série D, firmando-se como referência do elenco e fazendo o gol do acesso no empate em 1x1 contra a Inter de Limeira nas quartas de final.

Vale ressaltar que após auxiliar na campanha de acesso, ele foi emprestado ao Avaí na reta final da Série B, firmando-se como titular rapidamente e fazendo 13 jogos pelo “Leão da Ilha”. Sem o dinheiro em caixa do acesso sonhado, o time catarinense acabou não exercendo opção de compra e o volante retornou ao Maringá para jogar o Paranaense desse ano.

Versátil e dinâmico: como joga Rodrigo Santos

Como os números mesmo atuando como volante destacam, uma das principais armas de Rodrigo está na chegada ao ataque. O novo reforço do Fortaleza finaliza bem pelo chão ou pelo alto e sabe fazer a função de elemento surpresa em muitas ações ofensivas.

Indo além, suas subidas ao campo ofensivo não se limitam aos gols. O atleta tem bom aproveitamento nos passes, auxiliando sobretudo na construção de jogadas, e não apresenta dificuldades em cair pelos lados — sendo capaz de oferecer suporte ofensivo e defensivo a pontas e laterais.

Por fim, o jogador, que chegou ao futebol paranaense como um segundo volante com mais liberdade ofensiva, se tornou um legítimo “cabeça de área” ao atuar mais recuado na Série D e no estadual de 2025. O alto nível apresentado de resistência, intensidade física e leitura de jogo o credenciou, após um período rápido de adaptação, a ser a melhor opção do elenco maringaense também na proteção ao sistema defensivo.

Com dúvidas dentre os volantes do elenco, Vojvoda pode contar com o reforço antes do que a torcida imagina

Somando a franca ascensão de Rodrigo às cobranças que vão surgindo aos volantes que já estavam no Leão da Pici, há a possibilidade do técnico Pablo Vojvoda apostar na novidade em jogos do Fortaleza antes do que se espera.

Fisicamente, o volante se apresenta em excelente forma, sobretudo considerando a alta intensidade que o Maringá aplica em seu jogo de marcação mano a mano por todo o campo — método denotado como ponto característico do time paranaense por técnicos de clubes como Athlético-PR, Coritiba, Operário, Juventude e América-MG em suas derrotas recentes para o Dogão.

Resta a adaptação técnica a ser feita para o padrão de jogo do Fortaleza e a exigência de uma Série A, novidade para Rodrigo. Nesse aspecto, a versatilidade apresentada em seu jogo pode ser um atalho, já que o desempenho de nomes como Matheus Rossetto (de contrato reonvado até 2027) e Pol Fernandez (vindo do Boca Juniors com status de titular) abrem brechas para a busca por uma solução no setor para o resto da temporada.

A tendência é que Rodrigo ocupe espaço no elenco e função similar à que Hércules propunha à Vojvoda na temporada anterior, sendo um meio-campista polivalente que preenche o campo de ataque e de defesa com intensidade e inteligência.