F1: Crise na Alpine mexe com mercado de pilotos e equipe pode até ser vendida para Andretti

Equipe passa por grande reformulação e pode passar por fortes mudanças nos próximos anos

Publicado em 04/06/2024 às 14:30

Sem conseguir voltar a briga por vitórias com constância desde seu retorno à Fórmula 1, em 2016, ainda como Renault, a Alpine, que pertence à marca francesa, vive seu pior momento em 2024.

Passadas oito corridas, não só não passou longe de pódios, como só pontuou em duas corridas, chegando em 10° lugar em ambas as ocasiões, em Miami e Mônaco, com Esteban OconPierre Gasly, respectivamente.

No Campeonato de Construtores, a equipe francesa é apenas a 9ª colocada (penúltimo lugar) com 2 pontos, desempenho bastante distante do 6° lugar de 2023, que já foi considerado um mau resultado para a equipe habituada a brigar pela 4ª posição e que rendeu a demissão do então chefe de equipe Otmar Szafnauer no fim da última temporada.

Agora, a última notícia que mexe com os bastidores da equipe é o anúncio da saída de Esteban Ocon da equipe ao fim da temporada.

Embora haja uma confluência de fatores que apontem para que o caso tenha se dado por uma escolha da própria Alpine, informações de bastidores já apontavam que Ocon já estaria buscando uma nova equipe para 2025 (Mercedes seria a favorita) desde a virada do ano e que o mesmo acontece com Gasly.

Crise na Alpine / Renault não é de agora

Verdadeiros ou não, os boatos só reforçam a crise pela qual passa a equipe, com altos e baixos.

De 2016 pra cá, foram várias as mudanças de pilotos e chefes de equipe, com saídas no mínimo controversas de Daniel RicciardoFernando AlonsoCarlos Sainz, além das muitas críticas à organização da equipe e ao desempenho do carro e do próprio motor, que motivou a Red Bull, que usava motores Renault, a migrar para a Honda em 2019.

As saídas de Ocon e Szaufner não foram as únicas. Após o GP do Bahrein, a equipe demitiu o diretor técnico Matt Harman e o chefe de aerodinâmica Dirk de Beer, e, mais recentemente, o diretor de operações Rob White, que estava na equipe desde 2004.

Andretti vai comprar a Alpine e entrar para a Fórmula 1?

A entrada de uma nova equipe na Fórmula 1 é bastante burocrática e, embora seja bastante custosa, não diz respeito apenas a dinheiro.

Sendo assim, é muito mais fácil para determinadas marcas comprarem uma equipe já existente ou firmar parcerias, seja de fornecimento de motores, seja com a compra de naming rigths, como acontecia com a Alfa RomeoSauber.

Com a recusa da Fórmula 1 em permitir a entrada da Andretti como 11ª equipe do grid para 2026, a equipe norte-americana poderia buscar ou comprar a Alpine ou firmar uma parceria com a equipe, assumindo o desenvolvimento do carro e deixando a marca francesa a cargo do motor enquanto a GM, sob a marca da Cadillac, estreará como fornecedoras de motores na F1 em 2028.

Os rumores circulam desde março e voltaram a ganhar forças, mas não passaram, ainda, do campo da especulação.

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