Fórmula 1: FIA ajusta valor do teto de gastos para garantir equidade entre as equipes em 2026

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou uma importante mudança no regulamento financeiro da Fórmula 1, com o objetivo de garantir condições mais justas de competição entre as equipes.

A decisão foi tomada após a constatação de que os altos custos de vida e salários na Suíça, país onde está sediada a Sauber, colocavam a equipe em desvantagem em relação às demais.

O problema dos altos salários na Suíça

A Sauber, que a partir de 2026 se tornará a equipe oficial da Audi, há tempos argumentava que os custos com pessoal na Suíça eram significativamente mais altos do que em outros países onde as equipes da Fórmula 1 estão sediadas, como o Reino Unido e a Itália.

Essa diferença impacta diretamente no teto de gastos imposto pela FIA, limitando a capacidade da equipe de investir em desenvolvimento e desempenho do carro.

De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o salário médio na Suíça é cerca de 35% a 45% mais alto do que em países como o Reino Unido.

Essa disparidade colocava a Sauber em uma situação desfavorável, já que uma parcela significativa do teto de custos é destinada ao pagamento de salários.

A solução da FIA

Diante desse cenário, a FIA decidiu ajustar o teto de custos para 2026, levando em consideração as diferenças salariais entre os países.

A partir de agora, os regulamentos financeiros da F1 incluirão um fator de ajuste baseado nos dados da OCDE, o que permitirá que equipes sediadas em países com custos de vida mais altos tenham um teto de gastos ligeiramente maior.

"É nossa responsabilidade ser justo", afirmou Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA. "Tornou-se óbvio para nós que os salários em certos países são muito, muito mais elevados."

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Novo teto de custos para 2026

Com a inclusão desse ajuste, o teto de custos da Fórmula 1 para 2026 foi aumentado de 135 milhões de dólares para 215 milhões de dólares.

No entanto, esse aumento não representa um acréscimo líquido nos gastos das equipes, mas sim uma redistribuição dos valores para incluir itens que antes estavam fora do limite, como os custos com corridas Sprint e com corridas que excedem o número máximo de 21 por temporada.