Quem é o bolsonarista por trás do polêmico traje da delegação brasileira nas Olimpíadas?

A uniformização dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos é alvo de críticas nas redes sociais. Saiba quem é o bolsonarista por trás da polêmica.

Publicado em 24/07/2024 às 10:51 | Atualizado em 24/07/2024 às 11:27

Apesar do entusiasmo com a proximidade dos Jogos Olímpicos Paris 2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vem sendo atingido por uma forte polêmica que inundou as redes sociais nas últimas semanas.

O uniforme que será utilizado pelos atletas do Time Brasil na cerimônia de abertura, na sexta-feira (26), está sendo alvo de críticas pelo público e pelos próprios desportistas.

Apontamentos levam em consideração o design, dizendo que o uniforme é feio em comparação com as outras delegações.

Além disso, alguns atletas também estão na bronca com os uniformes de competição. Apontam que não foi ofertado em quantidades suficientes para as necessidades dos atletas.

Quem está por trás dos uniformes de abertura e encerramento?

Os uniformes utilizados pelos atletas brasileiros nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos foram feitos pela empresa Riachuelo.

A rede de lojas é propriedade do empresário pernambucano Flávio Rocha e faz parte do Grupo Guararapes de Confecção.

Flávio ganhou visibilidade durante as eleições de 2018 após ter declarado apoio a Jair Bolsonaro. Na época, o empresário chegou a declarar que é contra a taxação de grande fortunas para não "empobrecer" os ricos.

“Nós queremos lutar contra a desigualdade ou contra a pobreza? Esse imposto consegue reduzir a desigualdade, mas pela via não inteligente: expulsando ou empobrecendo os ricos. O que se quer é enriquecer o pobres. Esse é um imposto que diminui a desigualdade, mas achatando a pirâmide, ou seja, empobrecendo os ricos” - Flávio Rocha, em entrevista a Folha de São Paulo

Quais os outros grupos responsáveis pelo fardamento?

Além da Riachuelo, outras empresas estão responsáveis pela uniformização do Time do Brasil. A Peak, que é fornecedora oficial do COB, confeccionou os trajes que serão utilizados na Vila Olímpica, os uniformes de pódio e dos atletas filiados que ainda não possuem fornecedor próprio.

Thibar, Nike e Puma também vestem os atletas do time em algumas modalidades. A Puma chegou a sofrer críticas nas redes sociais pelo atleta pernambucano José Fernando Ferreira, o Balotelli, que afirmou não ter recebido um material adequado para a quantidade de provas que disputará.

"Vocês não têm ideia do quanto foi brochante receber o material da seleção. Sempre achei que, na Olimpíada, receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós" - Escreve Balotelli nas redes sociais.

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