Santa Cruz: Executivo se posiciona sobre ida ao mercado estrangeiro
O Santa Cruz segue na busca por reforços para a temporada de 2024. Até o início da pré-temporada, nove contratações foram anunciadas
Com a pré-temporada para 2025 já em andamento, o Santa Cruz segue no mercado buscando aumentar o número de atletas do elenco até o final desse ano.
Em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o executivo de futebol da Cobra Coral, Harlei Menezes, foi perguntado se o clube tem buscado atletas além do mercado brasileiro, colocando jogadores de outras competições sul-americanas no radar.
"Eu tenho um bom conhecimento desse mercado porque me foi muito oferecido há um tempo atrás. Eu, particulamente, não gosto. A chance de você errar é maior", ressaltou Harlei.
"Esse é um mercado que quando o atleta chega, ele tem que se adaptar com o clima, com a comida, com os nossos costumes, e nós não temos tempo para isso", complementou.
A preferência por atletas estrangeiros dificilmente chegou a ser uma tendência no Santa Cruz. A última vez que isso aconteceu foi em 2021, quando o clube contou com o paraguaio Hector Bustamante e o equatoriano Jean Quiñonez, ambos atacantes.
"É muito melhor você pegar um jogador daqui que você já conhece, sabe que ele conhece nosso futebol, nossa cultura, e a gente minimizar esses erros", acrescentou o executivo.
Veja também: Entrevista completa de Harlei Menezes no Fórum Esportivo
Tendência de mercado
A busca por atletas estrangeiros tem sido algo cada vez mais comum no futebol brasileiro. A nível sul-americano, o Brasil tem se colocado como potência financeira e de bom nível de futebol.
O resultado disso é ver atletas como Nicolás de la Cruz, meio-campista da seleção uruguaia, que deixou o River Plate para assinar com o Flamengo.
Outros times de alto calibre do Brasileirão também conta com estrangeiros no elenco. O Botafogo, que lidera a Série A, conta com Thiago Almada, que tem sido uma das joias do futebol argentino.
Almada, que pertencia ao Atlanta United, da MLS, foi comprado pelo Glorioso por 22 milhões de euros em valores fixos (R$ 136,9 milhões), maior transferência da história do futebol brasileiro.
"É um mercado que está muito ativo. Você vê os clubes de Série A, aqueles que podem gastar um pouco mais e ter um elenco um pouco maior, usando bastante", contou Harlei Menezes.
Já para a realidade do Santa Cruz, as coisas não são tão simples. O executivo de futebol bate na tecla da assertividade para o momento atual, mas deixa o mercado estrangeiro como uma alternativa para o futuro do clube.
"Eu acho que daqui à pouco, num segundo ou terceiro momento da nossa gestão, a gente pode até partir para ativar esse lado novamente, mas acho que esse começo agora, vamos com muita prudência", projetou.