SAF do Náutico: Entenda distribuição dos valores que podem chegar a R$ 1,2 bilhão em 10 anos
Timbu tem garantido R$ 400 milhões no futebol, mas contrato estabelecerá investimentos nos Aflitos, CT e pagamento de dívidas do clube
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O Náutico finaliza os últimos detalhes para selar um acordo com proposta vinculante com o "Consórcio Timbu" para implementação da SAF do clube.
O prazo de exclusividade dado pelo clube para o recebimento de propostas se encerra nesta quarta-feira (19). A expectativa é que a proposta definitiva seja recebida até o fim da noite, embora a assinatura ainda possa ser postergada por mais alguns dias.
SAF do Náutico: Entenda distribuição de valores que podem chegar a R$ 1,2 bilhão
R$ 400 milhões exclusivos para o futebol
Segundo a apuração do repórter Victor Peixoto, do Blog do Torcedor, a proposta que está na mesa da diretoria alvirrubra é de um investimento de R$ 400 milhões por 10 anos exclusivamente para o futebol.
As negociações se direcionam para um acordo no qual o grupo de investidores arque com investimentos também na estrutura do clube, o que incluiria o Estádio dos Aflitos e do CT Wilson Campos.
Retrofit dos Aflitos, demolição e construção de novo estádio na Rosa e Silva ou estádio inédito na Guabiraba
O Timbu busca um acordo que condicione a assinatura da SAF a investimentos também na estrutura do clube, o que inclui a modernização do CT Wilson Campos e, claro, uma reforma dos Aflitos.
São três as possibilidades com que o Timbu trabalha:
- Demolição dos Aflitos e construção de novo estádio: O atual estádio seria posto completamente abaixo, bem como a área das quadras e da piscina, seriam preservadas as áreas do casarão e da sede administrativa.
- Retrofit dos Aflitos: Modernização e ampliação da atual estrutura
- Novo estádio na Guabiraba: Construção de um novo estádio no local onde hoje fica o CT Wilson Campos. Parte da área do CT seria vendida aos investidores, o que indica a criação de um complexo na área; estádio e CT pertenceriam ao Timbu, empreendimentos na nova área aos investidores
Independentemente da modalidade que seja definida, o Timbu concederia o direito de exploração seu estádio pelo prazo de 10 anos aos investidores, que receberiam a maior parte dos valores arrecadados com eventos e bilheteria além de prioridade no uso do estádio.
Por exemplo, em caso de um jogo do Náutico coincidir com um evento pretendido pelos investidores, a prioridade seria pela realização do evento.
Em contrapartida, a exigência alvirrubra é a realização de uma das três obras acima. Ao fim do prazo, a gestão retornaria para o Timbu.
O acordo seria similar ao firmado entre Palmeiras e WTorre pelo Allianz Parque.
Dívidas
O Náutico está em processo de Recuperação Judicial e busca um deságio em sua dívida, estabelecida em R$ 250 milhões, mas com expectativa de redução. Tais dívidas seriam assumidas pelos investidores, independentemente do resultado da Recuperação Judicial.
R$ 1,2 bilhão
Condensando todas as três frentes (futebol, patrimônio/estrutura e dívida), a expectativa alvirrubra é que os investimentos a serem feitos no Náutico ultrapassem a casa de R$ 1,2 bilhão.
É importante frisar que os números podem variar. R$ 1,2 bilhão é o "teto" dos investimentos. Tudo dependerá de como será definido o projeto de reestruturação física do clube.
Um projeto de Retrofit, por exemplo, tende a ser menos custoso que a construção de um novo estádio.