SAF do Náutico: Saiba quais pontos desagradam parte do Conselho Deliberativo, que pode sugerir mudanças

Na noite desta terça-feira (11), o Conselho Deliberativo do Náutico teve acesso à proposta vinculante para a aquisição de 90% da SAF do clube, de autoria do Consórcio Timbu, em reunião que acontece desde às 19h, horário de Brasília, na sede alvirrubra, na Rosa e Silva.

Esta será a primeira vez que o Conselho terá acesso à proposta de forma oficial e enquanto instituição.

No entanto, ao longo da última semana, trouxemos determinados pontos que estariam sendo questionados por parte de alguns membros do Conselho alvirrubro que afirmam ter tido acesso à proposta de forma antecipada.

Na manhã desta terça-feira (11), o repórter Victor Peixoto, do Blog do Torcedor, teve acesso a um PDF, que estaria circulando entre os conselheiros, de autoria do também conselheiro Roberto Selva.

Selva está presente na foto divulgada por Fransergio Bastos, um dos investidores do Consórcio Timbu, e teria participado de uma reunião, como parte de uma comissão do Conselho, no começo de fevereiro, na data em que a foto citada acima foi tirada.

Uma vez tendo tido acesso ao material, nossa reportagem entrou em contato com representantes do grupo de investidores que confirmaram também ter recebido tal PDF e que certamente o mesmo seria objeto da reunião desta terça.

Ademais, foi nos informado de que, em respeito aos conselheiros, que no entendimento dos investidores devem ser os primeiros a ter qualquer questionamento respondido, não nos seria dado mais detalhes sobre os tais pontos levantados no arquivo, e na matéria publicada por nós na última sexta-feira (7).

Veja quais pontos da SAF do Náutico estão sendo previamente questionados

No arquivo PDF, foram divulgados os seguintes pontos, dentre outros, por parte do conselheiro:

• O conselheiro afirma não ser possível afirmar, com clareza, a capacidade financeira e de gestão por parte dos agentes envolvidos no projeto de realizar investimentos capazes de mudar o "patamar" do Náutico.

• Receio quanto a eventuais conflitos de interesse em função do fato dos "principais investidores" atuarem no seguimento de agenciamento de atletas.

• A proposta não traria previsão de investimento/aportes mínimos anuais.

• O valor de R$ 400 milhões incluiriam valores gerados pelo próprio Náutico e não apenas investimento externos dos investidores.

• Segundo o arquivo, o Náutico teria gerado R$ 250 milhões em receita nos últimos 10 anos e que o valor de R$ 400 milhões poderia ser gerado organicamente pelo clube a partir de sucessos esportivos como o acesso à Série B.

• 39 hectares do CT seriam cedidos à SAF, o que, no entendimento do conselheiro, se caracteriza como "venda indireta".

• Não previsão de remuneração ao clube pelo uso do Estádio por parte da SAF.

• Investidores arcariam com apenas R$ 46 milhões dos passivos do clube e o valor estaria englobado nos R$ 400 milhões previstos para o futebol.

• Ausência de investidores, que ainda seriam buscados, para arcar com os custos referentes à renovação da estrutura física do clube (Aflitos, sede e CT) e não especificação de valores a serem investidos

• A SAF estaria autorizada a captar empréstimos e gerar novas dívidas para cumprir o orçamento