5 maiores escândalos de doping nas Olimpíadas
A utilização de substâncias proibidas durante os Jogos Olímpicos já gerou grandes escândalos e custou medalhas olímpicas

As Olimpíadas representam o ápice do esporte mundial, reunindo atletas de todas as partes para competir no mais alto nível.
No entanto, a busca incessante pela vitória, aliada à pressão e às expectativas, às vezes leva a práticas antiéticas, como o doping.
O uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho é um problema persistente que desafia a integridade do esporte e mancha a reputação de glória da competição.
A seguir, exploramos cinco dos maiores escândalos de doping que marcaram a história dos Jogos Olímpicos.
5 casos de doping que marcaram as Olimpíadas
1. Lance Armstrong - Sydney (2000)
O ciclista americano fez parte de um dos casos mais famosos de dopagem, após seu envolvimento em um grande esquema de doping sanguíneo, realizado por meio de transfusões.
Ele conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Sydney 2000, mas posteriormente perdeu a medalha e foi banido do esporte após a revelação do caso.
Em 2013, Armstrong admitiu o uso de doping durante uma entrevista com a apresentadora Oprah Winfrey e, em 2016, entregou a medalha de bronze ao comitê olímpico americano, que a devolveu ao COI.
2. Marion Jones - Sydney (2000)
Também na edição de Sydney, Marion Jones, uma das mais famosas atletas, esteve envolvida no caso BALCO e teve que devolver simplesmente suas cinco medalhas conquistadas.
Esse escândalo de uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho abrangeu mais de 20 atletas de alto nível.
A Bay Area Laboratory Co-operative (BALCO) era uma empresa da região da Baía de São Francisco que fornecia esteroides anabolizantes a esses atletas.
3. Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves - Pequim (2008)
Em Pequim 2008, o cavaleiro brasileiro Rodrigo Pessoa e o também cavaleiro Bernardo Alves protagonizaram os primeiros casos de dopagem em Olimpíadas envolvendo atletas brasileiros.
Embora substâncias proibidas tenham sido encontradas nos cavalos de ambos, nenhum dos dois havia ganhado nenhuma medalha para perder.
Rodrigo foi suspenso pela Federação Equestre Internacional por quatro meses e meio, enquanto Bernardo recebeu uma suspensão de três meses.
4. Escândalo de doping da Rússia - Pequim (2008) e Londres (2012)
A Rússia é o país com o maior número de atletas pegos no doping na história das Olimpíadas.
Foram mais de 150 casos de doping registrados, além das suspeitas relacionadas ao uso de testosterona durante os anos 1980, quando a União Soviética ainda existia.
O escândalo, que veio à tona em 2015, foi resultado de um relatório da Agência Mundial Antidoping (WADA) que revelou manipulação de dados laboratoriais e um programa sistemático de doping entre os atletas russos.
Como consequência, a Rússia enfrentou sérias penalidades, incluindo a proibição de participar de grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos, por quatro anos.
Além disso, também foram perdidas 48 medalhas conquistadas em Pequim 2008 e Londres 2012.
Recentemente, o Tribunal Arbitral do Esporte reduziu esse período de suspensão para dois anos, permitindo que competidores russos participem de competições internacionais sob bandeira neutra.
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5. Tandara Caixeta - Tóquio (2020)
Tandara Caixeta, jogadora de vôlei de 35 anos, foi condenada por doping após testar positivo para o uso de Ostarina antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.
Ela foi destaque na equipe brasileira durante o torneio, mas, após a descoberta, foi impedida de atuar na semifinal e final.
A seleção feminina de vôlei conquistou a medalha de prata, e a sanção não resultou na anulação dos resultados, pois o regulamento prevê a aplicação dessa penalidade apenas quando duas ou mais atletas são flagradas no doping, no caso de esportes coletivos.
Tandara, na época, considerou a condenação “injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso”.