Organizadas de Santa Cruz e Sport espalham terror e medo pelas ruas do Recife antes do clássico
Organizadas estão em confrontos por vários pontos da cidade do Recife; Pessoas foram espancadas e deixadas peladas nas ruas da cidade
Muitas horas antes do clássico entre Santa Cruz e Sport, as ruas do Recife foram tomadas pelo medo e terror. Já na manhã deste sábado (1), havia registros de cenas de violência e selvagerias nas ruas do Recife. O principal confronto entre os organizados ocorreu bairro da Torre, na Zona Oeste da capital pernambucana, nas imediações da Real da Torre com a Avenida Caxangá.
Minutos depois, a polícia chegou ao local, interrompendo o trânsito. Os organizados, contudo, entraram em confronto com a polícia, que disparou bombas para dispersar as torcidas. Foi possível ouvir tiros e o barulho de muitas bombas.
A partir daí, o pânico tomou conta da cidade, especialmente com mais relatos de outros pontos de brigas e violência nas redes sociais. Eram imagens pessoas sendo totalmente espancadas por grupos de rivais. Além de espancadas, as vítimas foram deixadas, cobertas de sangue, peladas e desacordadas nas ruas.
Até o fechamento desta matéria, foram confirmadas ao menos 12 pessoas feridas deram entrada no Hospital da Restauração após as brigas de torcidas. Nove delas já receberam alta e outras 3 estão internadas. Não houve confirmação oficial de mortos.
Os grupos organizados usaram páginas nas redes sociais para espalhar mais imagens de brigas e terror.
Diante disso, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto, solicitou o adiamento da partida junto ao governo do Estado. A governadora Raquel Lyra rapidamente se reuniu com o comando da Polícia Militar e a Secretaria de Defesa Social para tratar do assunto. Em nota nas redes sociais, ela garantiu medidas para punir os responsáveis pela violência.
No entorno do Arruda, contudo, os relatos foram de muitos policiais e de vários helicópteros sobrevoando o estádio. A partida foi mantida. Em contato com o repórter João Victor Amorim, do Escrete de Ouro, da Rádio Jornal, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE), Evandro Carvalho, confirmou o jogo, já que fazer isso poderia trazer implicações ainda piores.
14 pessoas detidas
Por meio da assessoria de comunicação, a Polícia Militar de Pernambuco confirmou que 12 pessoas foram encaminhadas ao Hospital da Restauração e que mais e 600 policiais trabalharam na partida. 14 pessoas foram detidas. Confira:
Cenas lamentáveis foram vistas desde o início da manhã deste sábado (01), em diversos locais da Capital e Região Metropolitana do Recife. Integrantes de organizadas do Santa Cruz e do Sport causaram tumulto pelas ruas, antes do início do clássico, que acontece no Estádio do Arruda.
Após o confronto, 12 pessoas foram encaminhadas para o Hospital da Restauração. Nove delas foram liberadas e três seguem internadas. Importante informar que não houve morte.
Antes do jogo cerca de 650 pessoas foram conduzidas até o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e passaram por revista, sendo acompanhados, até o local da partida, no Arruda. 14 pessoas foram detidas por violência entre torcedores, após incidentes nos bairros da Iputinga, Torre e Madalena. Confusões também foram registradas em locais da RMR.
POLICIAMENTO - Neste jogo pelo Campeonato Pernambucano, a Polícia Militar de Pernambuco emprega 680 policiais militares. Sob o comando do 11º BPM, e com apoio das unidades especializada, a área externa e as principais vias de acesso ao local do jogo contam com a presença de policiais militares. Nas estações do metrô e terminais integrados de passageiros foram lançadas guarnições no patrulhamento motorizado para inibir a ação dos vândalos. Toda operação policial foi monitorada por oficiais da Corporação, no Centro Integrado de Controle e Comando Estadual (CICCE).
RMR - Pela Polícia Civil de Pernambuco, na Delegacia de Paulista, três pessoas foram autuadas em flagrante delito por tentar invadir o TI Pelópidas. Além de três prisões em flagrante, no Cabo de Santo Agostinho, após um confronto no município com uso de explosivos. Os casos serão investigados pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.